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domingo, 23 de setembro de 2012

TEVÊ. Globo importa programa de calouros

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O anúncio diz: 'o que importa é a voz'. Pouca gente sabe que essa é uma ideia importada. Falo da estreia hoje do The Voice Brasil*, assim mesmo em inglês. Programas de outras línguas têm invadido a tv brasileira, dando a impressão de que há crise de criatividade na produção nacional. Ninguém imaginaria a Globo pagando por um programa de calouros para exibi-lo onde Chacrinha deitou e rolou. 

Na verdade, repetir fórmulas de outros países parece ser a tônica da programação televisiva brasileira nos últimos 15 anos. Grande parte das novidades surgidas ultimamente são cópias e modelos importados. 

Em uma listagem rápida, relaciona-se o 'Big Brother Brasil', que é de origem holandesa; o 'CQC-Custe o que Custar' (em espanhol 'Caiga quién caiga' - traduzido livremente algo como ‘caia quem cair”), criado pelo produtor argentino Mario Pergolini. Tem  'Idolos', Topa Tudo por Dinheiro', 'Mega Senha', todos de origem estrangeira. 

Os 'formatos' são licenciados para as emissoras brasileiras, que pagam pelo uso e devem seguir regras rígidas de realização. Só a produtora holandesa de televisão Endemol detém a marca da maior parte dos 'reality shows' realizados no mundo todo. Embora o 'Big Brother' seja o mais conhecido, o de maior lucro é 'Deal or No Deal', no Brasil intitulado ''Topa ou não Topa'

A estreia hoje do 'The Voice' me leva a pensar sobre a crise de criatividade que anda beirando as salas de produção das emissoras no Brasil. Quem diria que a Rede Globo, para lançar um programa de calouros, fosse pagar 'royalties' a produtores de fora, quando Flávio Cavalcante, Raul Gil e o fantástico Chacrinha, serviriam de modelos até para exportação. 

UP GRADE

*Embora pareça com Ídolos, o The Voice Brasil mostrou-se muito bom.