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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Editorial. Os que vendem o rádio e não sabem


Não sei se os departamentos de marketing das emissoras de rádio (se é que existem!) tem noção da importância de certos horários na grade programacional delas. Falo do esporte. Ele é elo para alavancar audiências em outros horários. Mas pelo que tenho visto, não há grandes investimentos em termos de propaganda para os programas esportivos. Eles vivem do esforço de suas equipes.

Estou falando disso, pelo que tenho notado mais recentemente a partir de quando o programa esportivo do Sérgio Ponte foi lincado ao Grande Jornal Povo-CBN. A participação do torcedor é enorme. E não é preciso estimulá=lo; ela se faz, naturalmente.

Depois que foi acrescido o 'Toque Esportivo' na grade da manhã da Povo, eu tenho testemunhado a variedade de público que se identifica com o rádio AM. Na rua, nos locais onde dou palestras ou por telefone e e-mails, pessoas que nunca foram ouvintes da programação comum de uma rádio, chegam e me param para dizer que passaram a ouvir o meu programa antes mesmo da 'página esportiva'.

E fico aqui matutando: por que não trabalhar esse público para arregimentá-lo ao AM. A renovação da audiência se faz nessas ocasiões. E o que vejo as equipes esportivas reclamarem é que falta até incentivos para o trabalho de cobertura deles.

É lamentável que, certos departamentos técnico-administrativos, existam bastante descartados do conteúdo maior que é o rádio. E o estúdio, é o centro de difusão de tudo de uma emissora. Custa crer que em algumas emissoras - falo de exemplos do passado -, vendedores de horários não sabiam nem o que é que Nonato Albuquerque fazia numa estação de rádio. E eram eles que vendiam o horário.

Um comentário:

Ismael Luiz disse...

Pois é,Nonato,infelizmente,para alguns dirigentes de emissoras, rádio,é somente FM. Perdoo a ignorância dos mesmos,pois foram criados longe do AM,alguns,até,das próprias empresas que herdaram,onde iam,apenas,para buscar a mesada.Dias atrás,enquanto aguardava atendimento em um hospital,apareceu um rapaz,maqueiro, que me reconheceu.Ele dizia da dificuldade de "comprar" um horário para fazer um programa.Chegou a ter um,em uma emissora de Fortaleza,junto com o irmão.Ele me disse: -"É "impossivi" a gente "fazermos" um "pograma de forró",em uma "rádia" AM.Pois é, o rapaz fez o curso no Sindicato (?)Ainda bem que,ao transportar-me,na cadeira de rodas,ele não atropelou ninguém,muito menos impôs-me um capotamento.